sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Aplicação dos royalties do petróleo deve ser discutida pela sociedade, dizem especialistas

A aplicação do grande volume de dinheiro obtido da exploração do petróleo, por meio de royalties e participação especial, deve ser discutida pela sociedade. A avaliação é de acadêmicos que trabalham na região norte do Estado do Rio de Janeiro, onde se concentra a exploração petrolífera nacional.

Eles afirmam que, mesmo com as receitas milionárias obtidas por municípios produtores, a situação em muitos deles não evoluiu na mesma proporção da injeção maciça de recursos nos últimos anos. Apesar de Campos dos Goytacazes, por exemplo, ter arrecadado cerca de R$ 1 bilhão este ano de repasses do petróleo, a cidade ainda sofre com problemas sociais graves, com pobreza na área rural e violência em favelas.

O reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Silvério de Paiva Freitas, disse que a história do Brasil é marcada por riquezas provenientes de ciclos econômicos, que depois passam sem deixar legados para a sociedade como um todo. Ele teme que o mesmo aconteça com o petróleo, pois os campos têm vida útil de algumas décadas e depois entram em declínio.

Para que isso não aconteça, o acadêmico defende que se faça uma “aplicação responsável” dos royalties, ouvindo os setores sociais organizados.

“Nós temos consciência de que as reservas de petróleo são finitas. Precisamos aplicar isso com muita responsabilidade, investindo em ciência, tecnologia e educação, tornando a economia moderna e sustentável, pensando na produção industrial e agrícola. Não adianta pulverizar esses recursos de maneira descontrolada. Eles têm de ser investidos nas regiões produtoras, porque é ali que vai ficar o passivo de desequilíbrio ambiental e desajuste social”, afirmou o reitor da Uenf.

“Que este ciclo não seja mais um em que a população será excluída. É preciso [haver] inclusão social”, disse.

A democratização das decisões de investimento dos recursos do petróleo é defendida pelo sociólogo e cientista político Hamilton Garcia, também da Uenf. “Não há dúvidas de que a injeção de royalties foi importante para o Rio de Janeiro. Mas a participação social foi muito resumida. O povo usufruiu, mas com as migalhas. Quando o futuro vem, as pessoas estão na situação do passado."

Segundo Garcia, as formas de participação devem ser aperfeiçoadas, por meio dos conselhos populares. “Estamos apresentando uma proposta que tenha a participação de setores independentes --incluindo universidades, lideranças sociais, religiosas e empresariais-- para discutir a aplicação desses recursos, pensando o município e seu futuro”, disse Garcia.

O governo do Estado do Rio promove nesta tarde um ato público, com o apoio de prefeituras e de entidades da sociedade civil, contra o projeto de lei do senador Vital do Rego (PMDB-PB), que revê a distribuição dos royalties do petróleo, retirando recursos dos Estados produtores em benefício de todas as unidades do país.

A concentração começará às 15h, na Igreja da Candelária. A passeata seguirá pela avenida Rio Branco, no centro da cidade, até a Cinelândia, tradicional palco de manifestações políticas. A estimativa dos organizadores é que pelo menos 50 mil pessoas participem, número que pode chegar a 100 mil.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ANA lança curso a distância sobre comitês de bacia hidrográfica

A Agência Nacional de Águas (ANA) lança o primeiro de uma série de cursos sobre recursos hídricos na modalidade a distância. O curso “Comitê de bacia hidrográfica: o que é e o que faz?” receberá inscrições no período de 9 a 16 de novembro por meio do endereço www.trainning.com.br/eadana.asp, até o limite de 200 vagas por ordem de inscrição. As aulas têm início previsto para o dia 21 de novembro.

O curso tem carga horária de dez horas (que podem ser realizadas em até 15 dias) e pretende fornecer aos alunos informações sobre o que é um comitê de bacia hidrográfica, um apanhado sobre o surgimento desses “parlamentos das águas”, suas principais atribuições e como é a composição básica de cada um, além de informações e dicas sobre os processos de criação e de instalação de um comitê.

Os alunos que concluírem a capacitação com aproveitamento mínimo de 70% receberão certificado digital, validado pela Agência.

Há previsão de realização de cursos sobre outorga de direito de uso de recursos hídricos; plano de recursos hídricos e enquadramento; sistema Hidroweb; sistemas prediais; gestão de recursos hídricos nos municípios; e práticas e procedimentos em comitês de bacias hidrográficas. O cronograma será divulgado oportunamente neste portal.

Serviço
Curso online: “Comitê de bacia hidrográfica: o que é e o que faz?”
Inscrições: www.trainning.com.br/eadana.asp
Período de inscrição: de 9 a 16 de novembro de 2011
Aulas: início em 21 de novembro de 2011
Mais informações pelo (61) 2109-5563

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Usina híbrida de energia limpa é inaugurada na Alemanha

 

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/10/2011

Usina híbrida de energia limpa é inaugurada na Alemanha

Localizada nas proximidades do aeroporto de Berlim, a usina híbrida, de fontes totalmente alternativas e renováveis, custou US$30 milhões. [Imagem: Enertrag]

Energia híbrida

A empresa Enertrag, da Alemanha, inaugurou a primeira estação geradora de energia híbrida.

A estação reúne todas as principais formas de energia alternativaatualmente sendo pesquisadas no mundo todo.

Isso inclui energia eólica, energia solar e hidrogênio, além de um sistema de armazenamento para evitar as oscilações típicas dessas fontes, mantendo o nível de fornecimento para os consumidores 24 horas por dia.

O objetivo é que a energia gerada nos momentos de ventos bons seja armazenada na forma de hidrogênio, que tanto pode ser consumido diretamente em células a combustível de veículos elétricos, como ser usado para gerar eletricidade para abastecer a rede elétrica comum.

Eletricidade e calor

A usina híbrida, que já está conectada à rede de distribuição, possui três turbinas eólicas de 2 MW, uma planta de biogás de 1 MW e um eletrolisador capaz de gerar 500 kW de hidrogênio (120 metros cúbicos por hora).

Dois compressores se responsabilizam por comprimir até 60 metros cúbicos por hora de hidrogênio a uma pressão de 435 psi em cinco tanques, com uma capacidade total de 1.350 kg de hidrogênio.

Tanto o hidrogênio quando o biogás são usados para alimentar uma planta combinada para geração de calor e energia, com capacidade de 350 kW-elétricos e 340 kW-termais.

Localizada nas proximidades do aeroporto de Berlim, a usina híbrida, de fontes totalmente alternativas e renováveis, custou US$30 milhões.